17 de jun. de 2008

Tenho febre pra sentir o frio.

Talvez eu queira deitar em todas as camas.
Ou atender com sorriso único as crises.
Manter a loucura que cativo,
partir nessas minhas tragetórias
Do tempo que dura um cigarro.
E beijar com nojo um abafado trago.
Talvez eu queira mesmo tropeçar, merda!
No meu ego, no destino, no grito e no gato.
Quero esfolar o pé e morrer no asfalto.
Ser dona de casa e dono de uma mulher.
Não alterar os costumes, já o fizeram tanto.
Quando perder a cabeça...
Desejo ser, mais que nada, previsível.
E não superar o suicídio da prostração.


Adrivan .M. Henrique
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D'ancare
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5 de jun. de 2008

Poetizando sinceridade

Perdi com agressividade à calma,
Como quem faz pouco caso.
Ao partir de lá pra li com realidades
Foi-se ao vento todo o lirismo.
Acordei cidade desprezando acasos,
No raríssimo aperto sincero de mãos
Foi bem assim que a perdi...
Foi com vida e exagero,
Risada e acuidade, obscenas.
Foi do rastro do reflexo qual traçou,
Quem guardou um complexo mapa.
Foi à laranja mecânica e o papa,
Quais me ensinaram o avesso,
O verso próprio e a violência.
O mal de quem sabe do que fala,
E a aversão pelo o que é sentido, e,
Por tudo que é do fundo do coração.

Adrivan .M. Henrique