28 de nov. de 2008

Organizando a casa!

Após longo tempo sem postagens, devido a falta de tempo e rotina agitada de um ser humano qualquer. É decidido que haverá grandes mudanças aqui no blog. Faxina geral!!
Se é a primeira vez em que visita o Jadim, aproveite as postagens antigas e aguarde que muitas outras virão.

27 de nov. de 2008


Na noite da cidade


Caminho na calmaria de uma razoável sensação.
Não há rastros, nem há lances, morbidade.
Minha doce mórbida cidade.
Que me atinge quando se cala,
E o que me atinge quando fala?

Caminhas perdidinha, em teu clima “antionte“
Menina tola, menina feia e indefesa.
Não saístes ilesa do abandono,
E tu rasgaste ainda de saudade meu coração.

E tu tens em teu solo um bonito chafariz,
Que isolado tece um extenso monólogo.
E reparte o que é dado e o que é compensação.
Pelas ruas das perversas tradições,
Nos becos escuros de tua lua, as ruas, suas maldições.


Adrivan .M. henrique

Campos de Pedra

Caminho cansado entre ruas esguias,
Encontro marcado com a fumaça e a farça.
Quem me guia no asfalto de Planícies Cimentadas?
Quem rega o reboco pra que flores nasçam?
Avanço entre as feras da Mãe-Natureza-Morta
Que saem cabisbaixas de cada condomínio.
Recuo à visão dos vastos domínios
do silêncio e da discórdia atrás de cada porta.
A cidade é filicida, a cidade é traiçoeira,
E com prazer dos mais grotescos devora os ovos de seu ninho.
A cidade é suicida, é o cancer de si mesma!
Foi o que vi tarde passada ao procurar flores campestres
E os desconsolados velhos me disseram, sérios e tétricos,
"Isso aqui a gente não tem, porque esses campos são de pedra"

#

Dante


Lar de Parasitas

Lar de parasitas
Que zanzam sem paradeiro
Comer e dormir
Essa é a ordem
Impressa
Em seus inconscientes

O Lar os abriga
Mesmo sendo feio
Impuro
E talvez ate
Ingênuo

Cortado
O Lar sangra
E desse sangue
Alimenta os pequenos parasitas que residem em seu seio

À noite
Dormem os pequenos parasitas
E o Lar
Brilha sem remorsos
Como se suas luzes fosses
Lagrimas

O Lar respira
Grita
E usa um perfume peculiar

Mas os parasitas
Mal percebem que cidades também podem
Chorar

Diego Fraga (Mr. Splinter)

O Jardim Invisível

A vida nos passa pelos olhos,
Voando acelerado, um raio.
Há horas em que são vagarosas.
Imenso brilhar!
Lento como se vê o andar da luz do sol.
Momentos...
Em que a matéria desfruta de todos os gozos
E desse tudo que se pode sentir,
O calor do abraço,
Do beijo e do aperto de mãos...,
Infinidades...
Entrelaçadas em loucuras e sonhos.
Finidades...
São dias e noites.
Dores e circunstâncias,
Sejam eles os declínios dos passos,
Sejam o declínio os passos perdidos.
Indo por aí, longe, sem direção.
É imenso e escuro o interior,
Que sejam tantas coisas o exterior do mundo,
E é tão vibrante a luz da nossa imaginação.
E a verdade a qual me submeto neste instante
É a de serem invisíveis todas as forças expressas em nossas reações.
O jardim invisível... Nossos sons.