24 de mar. de 2008

Encerro-me

A que horas eu me deito?
Quando a luz se esvai?
Não sei respostas
Sempre foi assim
Não sei por que sou pobre
Nunca soube por que não sou nobre
Às vezes não sei por que choro
Aqui nesse canto
Quando está escuro
É aqui que eu me canso
Descanso
Da vida
Do que incerto
Ali naquela esquina
O destino me espera
Ainda não sei se esta sorrindo
Ou armado
Com essas duvidas
Assim,
Quase insisto que seja por querer,
Encerro-me...

Já é hora de dormir.

Diego Fraga ( Mr. Splinter )

23 de mar. de 2008

Serena

Serena


À noite sim ela é
Serena em si
Poética
Pacifica em sua movimentação
Como uma criança em um berço
Embalado por sua mãe Lua
Que não se altera, mas canta.
E nos leva aos mais profundos sonhos
E se cala

Cortesia de Rodrigo Mendonça

12 de mar. de 2008

Na cama de Maria cabem mais de vinte homens

Na cama de Maria cabem mais de vinte homens,
Entretanto usualmente ela mantém apenas um.
É mais fácil vigiá-lo,
Bem mais fácil conhecê-lo,
Reconhecer seu rosto na visões turvas que o rum induz
E recordar a data de aniversário de namoro quando é só um.

Maria que nos velhos dias
Satisfazia a três simultaneamente,
Hoje se aninha ao marido deitada
Numa cama conhecida por milhares,
Sorri serena e vermelha entre as cobertas,
Deixa que limpe o suor de sua testa
E saboreia a simplicidade do amor.

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Dante M. D.

7 de mar. de 2008

O tempo


No imenso globo azul
O tempo passa e ultrapassa.
Onde o tempo passa,
Ultrapassa.

Ruas, avenidas e casas minhas.
Foi tudo num segundo,
E o tudo foi o que se foi.
As mudanças não sossegam.

Mesmo um canto sujo,
Mesmo um canto sossegado,
Um cantinho,
Um pardal desafinado.

Mais pra perto ou mais pra longe.
Ora! O tempo ainda passa
Correndo desesperado, mantendo,
Arrastando as solas, quebrando a saltos.

Descompassado som do tempo.
Gotas de chuvas atacam fervorosas.
Ventos que vão e vêm.
Para tanto ou para nada, o tempo ainda passa.

Adrivan .M. henrique