22 de dez. de 2007

Platônico

Você, límpida e pura.
Doce ternura admirar-te.
Olho-te com todo meu desejo,
E, calo-me, fantasioso, ao ver nascer teu sorriso.

Olho-te, desejando que decifres meu amor.
A uma vida perfeita não caberia a mim, um errante.
Caberia um amante?
Caber-me-ia como teu único amor?

Mesmo assim, distante de ti,
Amar-te-ei mais e mais a cada noite.
Criar-te-ei num mundo meu
Em crônicas das mais românticas às mais profanas.

Afago-te em meu travesseiro.
Tendo-a lívida em meu sonho,
E não a tendo, de fato.
Dor que és meu pesadelo.

Assaz distante, ainda que seja amor.
Desejo-a sempre que estou a sucumbir à noite.
Assaz crescente, tanto, que és dor.
Este seio distante pressagia meu desamparo.


Adrivan .M. Henrique.

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